Dois Evangelhos não podem ocupar um mesmo coração

"Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama" (Jo 14.21).
Jesus o verbo encarnado se manifestou na plenitude dos tempos para expressar o amor de Deus ao mundo. Seus ensinamentos excediam a Lei e os Profetas, ele era e é o cumprimento do Antigo Testamento, pregar e viver o Evangelho do Reino de Deus era o seu alimento e este  evangelho pregado por Jesus possui características definidoras: é cristocêntrico, enfatiza o SER e não o TER, o fruto do Espírito são suas virtudes, é inclusivo não faz acepção de pessoas, é verdadeiro, é altruísta, é amor.
Paulo escrevendo a igreja na região da Galácia faz um alerta: "ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema" (Gl 1.8). Contextualizando as palavras de Paulo podemos afirmar que ele se refere neste texto, ao inescrupuloso "evangelho do reino dos homens" que têm sido semeado em algumas denominações, este evangelho também é pontuado por algumas características, como: antropocentrismo, centrado no TER em detrimento do SER, exclusivista, espúrio, interesseiro, egocêntrico, hedonista, malígno.
Para endossarmos estas poucas linhas não precisamos ir muito longe, não precisamos nem sairmos de nossas casas, basta apenas ligarmos a televisão pelas madrugadas e assistirmos a alguns programas ditos evangélicos. O rumo herético que alguns líderes estão dando a Palavra de Deus é vergonhoso, cumprindo-se assim  as palavras de Pedro em sua segunda epístola 2.1 "...os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição".
Os cultos atualmente recebem a denominação de palestras, que tem como objetivo ensinar aos assíduos participantes fórmulas mágicas para que a fé seja posta em ação. Ser vitorioso, bem sucedido, alcançar fama e sucesso nos negócios e na vida profissional em tempo record é a tônica dos "ensinamentos", pragmatismo e plasticidade são algumas das filosofias embutidas nesses encontros.
A finalidade precípua para reunião dos santos (igreja), é a adoração, o louvor, e ação de graças ao autor da vida. Quando esta reunião torna-se apenas uma assembléia de interesse pessoais, ela deixa de ser culto e torna-se idolatria pagã, sendo assim, desvinculada de princípios cristãos.
Nesta trama mundana e ímpia dos que fazem comércio da fé, Satanás é o diretor e Mamom o contra-regra.

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